Quem sou eu

Minha foto
Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Poesia - Um corpo de Mulher


Um Corpo de Mulher

Sonho com sua pele exalante de perfume e sedução,
Uma displicente pretensiosidade como a malícia da insinuação!
Seus seios com formatos de frutas leves, suculentas e firmes,
Que flutuam livremente, porém contidos e provocantes,
São quase suicidas!
Assim como sua imponência exacerbada,
Caracterizada por um sorriso cativante e malicioso!
Vejo olhos intensos, penetrantes, raros e sutis,
Uma explosão de cores hipnóticas!
Sonho com sua boca, com seus lábios de lírios suaves e delicados,
Com toda essa libido arrebatadora...
Com seus cabelos ora lisos, outras ondulantes bailando ao vento,
Coreografando uma sensualidade teatral...
Com sua barriguinha, dona de micro pelos provocantes, que só percebemos
Ao derramar beijos breves e preliminares...
Sinto suas coxas firmes, cilindricamente entrelaçantes, fortes e envolventes
Arrocharem minha emoção...
Vejo seus glúteos como uma paisagem de beleza selvagem...
Virilhas, joelhos e pernas com batatas desenhadamente lindas,
Sinto minha imaginação refém desse prazer!
Um sonho, corpo de mulher, um único instinto, a libido...
Uma paixão!
(Julio Maciel)

Poesia - Vestido a meia coxa


Vestido a meia coxa


A primeira vista já inesquecível!
Graciosa e delicada a por fim
Em minha solitude.
Um vestido a meia coxa
Dizia-me que andei longe,
Pude sentir falta de uma vida
Que não tive e uma boca
Que ainda não beijava!
Fez-me perceber,
Toda a irrelevância
De uma vida sem amor!
Aquele vestido danado,
Curto, quase rodado
Azul e branco, costas nuas
Que exibiam ombros e colo
Convidativos e sentimentais,
Subverteram minha solidão,
Acabou com o tempo de estar só!
Eu só aceito se for você pra mim,
Com todo esse corpo
Que deu vida a um sentimento
Deixado ao lado.
Como não poderia me apaixonar?
A minha procura por mim mesmo
Era só saudade do que não conhecia!
Eu acabava de nascer...
Queria aqueles braços leves,
Belos, sedas puras, poucas pintas,
Seus pezinhos trinta e sete
Que deixam os passos que davam
Pistas aos meus abraços...
Aqueles lábios capazes de derrubar
Um Poeta de dois metros!
Nossa... Como sou fraco!
Inesquecível, súbito, fulminante
Arrebatador, certeiro, vitorioso
Último romance de muitos poemas,
Última vida de muitas memórias...

(Julio Maciel)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poesia Orfanato


Orfanato

Todas as manhas são belas
Seguidas por tardes de encantamentos
Horizontes sem esferas
Decapitando sonhos e pensamentos.

A Lua é só uma derramada
De feéricas ilusões
Clareando as lágrimas
Que banham os leitos das lamentações.

Oriundas de um instante de pessimismo raro
Do tempo que passa lento e passam tempo
Onde o asilo dos castos joviais
Narram esperanças roucas...

De uma infância grave e pouca.
(Julio Maciel 11/11/10)

Poesia Tentação


Tentação

Já estava só quando arrematado
Pelas ondas de seus cabelos negros cheirosos,
Que denunciavam o destino dos ventos,
Uma suavidade forte, lisa e fusiforme!

Logo vi o encanto de seu escondido rosto,
Linhas sutis e marcantes de uma beleza rara!
Com olhos vivos e acolhedores sob cílios sinuosos
Justificando o magnetismo e profundidade desse olhar.

Suas maçãs coradas e pequenas são marcantes,
Doces e perfeitas, como frutos da tentação!
Um irresistível desejo para o pecado violar o paraíso...
Brotando na delicadeza de sua pele, covas belas que me engolem!

Deleite das flores estes seus lábios rosa,
Despertando em minha boca um instinto de sede e medo.
Por duas pétalas finas, venenosas e vertiginosas,
Um paraíso, uma mulher, uma serpente e o pecado...

(Julio Maciel)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Poesia - À Recordar


À Recordar

Na noite escura os olhos não vêem
A sua pele que cobre meu corpo,
Uma clausura sutil!
Sinto o toque de seus dedos com
Unhas invisíveis tocarem minha boca,
É só sede e malícia!
Todas as emoções instintivamente sexuais
Afloram as sensações arrebatadoras do desejo,
Um fluente prazer!
Meu medo e anseio são intensos brilhos raros
Que se perdem em lágrimas noturnas de solidão,
Pura carência!
Pois o tempo surpreendente não permite o
Esquecimento da Mulher amada,
Costas nuas e cheirosas, músicas e sensações!
Os cabelos de fios de seda vertiginosos entorpecem
A naturalidade de minha trindade,
Meu sono, sede e fome!
O Amor é conjunto de recordações sem sentido a recordar,
É simples, beleza e leveza da orquestra de emoções e dores...
Que fazem de mim somente vontade de Amar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poesia - Um Arqueiro


Um Arqueiro

Diante da incerteza de seguir a vida
Através da eficácia de uma última flecha certeira
Sinto a morte segura cravada no chão deste lugar
O guerreiro ferido e indolente desconhece o motivo
De ainda estar vivo
Minha única chance é a flecha de um novo romance
Com ponta afiada de puro metal
Pois já saboreio o sangue em minha garganta
Sinto os olhos escuros, turvos e confusos
Insistem em se fechar
Já ouço os corvos, urubus e abutres sedentos
Já sinto os vermes que borbulham o solo frio
Criaturas das sombras,
Sentinelas das trevas
Com prazer querem me deliciar
Como um vinho divino,
Mas não!
Sou guerreiro arqueiro de fé e luz
Com alvos sentimentos,
Meu caminho segue os passos do Sagrado Coração de Jesus,
Por sobre todos os vales e oceanos,
Muito além do fim de tudo,
Do início do mundo,
Ou dos confins da escuridão,
Não vou me entregar às trevas do mal!
Sou soldado da paz da infantaria dos anjos.
Perante o pecado, a dor, a mágoa
O sofrimento, o martírio, a clausura
O exílio, a fraqueza, a morte...
O que seja!
Diante da tentação do príncipe do inferno
Não dobrarei os meus joelhos,
Não vou sucumbir à provação
O Diabo não vai me abraçar!
Pois ainda me resta uma última flecha!
O amor é a ponta, a certa, a seta, o alvo
E a meta que me espera.
A esperança nutre o meu espírito
Por causa do Amor de Deus!
Por causa do Amor dos meus!
Insisto em me manter vivo.
Lançarei a minha flecha rumo ao céu de nossos dias
Que se tornará fogo,
Para acolher nossos espíritos!

Poesia - Retrospecvida


Retrospecvida

Que razão possui o amor?
Qual o destino do papel solto na ventania?
O amor é um produto sem data de validade?
Sem garantia?
Qual a relação entre amar e ser feliz?
É bem que me quer ou o mal que me possui?
A única certeza é a incerteza.
O medo de amar manterá você vivo,
Mas o coração estará morto!
O amor é nuvem que se desfaz?
Ou é nuvem cinzenta e carregada
Que se derrama em pranto chuvoso
Para ceder lugar ao céu azul?
O amor é uma constelação!
O amor é o zunido de uma mosca,
O escorrer do orvalho na folha da macieira,
A saudade da conversa,
Da caminhada contra o vento,
É acordar depois de um sonho lindo,
Café da manhã de domingo!
É deixar a emoção sufocar o coração!
Admirar o sal, o Sol, o ar, o mar,
Folha solta a bailar com a brisa,
É chorar de alegria e escrever poesia!
Pode ser boba, pobre, confusa
Mas é amor.
É um emaranhado de confusão
É dúvida, medo, emoção...
Sem falar no tesão!
Nossa!
Ai meu Deus!
Santa filosofia que não explica nada!
O que é o amor?
Será que aprendi?
É sofrer e sorrir.
Ver o outro partir,
Mas ter esperança de saber
Que um dia vai voltar!
É ter força pra seguir...
Não desistir...
O amor é a natureza...
Renova-se a cada dia,
É ter fé!
E quando nascer uma criança...
Ah... O amor!
Deixe-me amar!
Mostre-me o tudo, o nada,
O frio, a dor
O início, mas não o fim.
Mostre-me o calor!
Qual o sabor?
É a água nascente?
O rio corrente,
O mar, o verde, o vermelho?
É o fim do mundo?
É o espaço?
É tudo.
O amor sou eu.
O amor é você.
É o nosso encontro!
E assistir os filhos crescerem,
É ter netos e rugas!
Depois ficar velho...
Parar...
Olhar o tempo e dizer:
(Meu amigo, o Amor é tudo isso)!
Nossa!
Como valeu a pena!

Poesia - Nossos Olhares

Nossos olhares

O silêncio que grita mudo em meu olhar,
Pode dizer ao ver seu sentimento que o
Amor está pronto a levitar, como os seus quadris
Leves e soltos a bailarem numa canção cigana!

Onde os pés descalços acompanham o fogo
Do chão e de seus olhos mudos gritantes de
Intensidade louca, pela razão de se mostrar
Forte e intenso para clarear a noite de estrelas

Suicidas e brilhantes que arrancam de você o
Mais belo sorriso de mulher pedinte de carinho,
Em cada olhar guardado em mim sem saber como fazer!

Olhares escandalosos, suplicantes e perdidos no
Seu tempo de esperanças vãs, entorpecidas pela angústia
Da solidão acompanhada de seu quase meu Amor!

Os olhos não guardam segredos!

sábado, 6 de novembro de 2010

Poesia - Nada é mais humano que o descaso


Nada é mais humano que o descaso

Um dia assim poderia ter sido,
Cheio de histórias, contos e casos,
Vazio de dores, tristezas e fados,
Belos, passados, futuros, gramados...
Um dia assim poderia ter sido.

Nada é mais humano que o descaso,
A irrelevância, a ganância e a ingratidão,
A inveja, avareza e soberba, são vazios, são.
O esquecimento agita a amargura e a solidão,
Nada é mais humano que o descaso.

Agora não esqueço, nem planejo, se perdeu.
O dia que foi claro é o sol que escureceu.
A esperança conduziu a vontade e a razão,
Um Mundo esquecido, o mar, o sonho, conclusão.
Agora não esqueço, nem planejo, se perdeu.

O que me faz pequeno é o que me torna humano,
O medo, o anseio, o desejo, devaneio e frustração.
Minhas estrelas de brilho raro, decadentes, apagão.
Fim do azul, da aurora e do rosa, é breu e escuridão.
O que me faz pequeno é o que me torna humano.

Perdemos o sonho, a beleza e a apreciação,
Esquecemos os sentidos dos sentimentos vividos,
Deixamos os gestos, os cantos e afagos, moribundos.
Ceguei-me diante do mar verde azulado, desamparado.
Perdemos o sonho, a beleza e a apreciação.

Do sono desperto o consolo, vejo o Sol, lavo meu rosto.
Banho minhas lágrimas com água corrente, tudo se desola.
Novamente, inutilmente me recordo, esqueço e choro...
Senti ausência da saudade, a flor da tristeza exalava os ares!
Do sono desperto o consolo, vejo o Sol, lavo meu rosto.

Minha História

Minha História

É engraçado como vivemos sem dar valor à vida! Diariamente passamos por lugares que não notamos e são impossíveis de admirar! Sempre desviamos de pessoas que não conhecemos, evitamos esbarrar e, olhar em seus olhos! Deixamos para trás paisagens lindas, muito próximas! Não conhecemos nossos vizinhos, muitas vezes esquecemos as boas maneiras, achamos que tudo é fugaz.
Certo dia, eu andava pela rua quando de repente, alguém que não sei quem é e que provavelmente nunca mais vou ver, me parou! Ela disse que era bom estar comigo, que adorou me ver, sorriu pra mim e me abraçou depois se despediu e foi embora! Não imagino para aonde! E de verdade, talvez não seja preciso.
Mas paro a pensar, agora tenho lembranças em tudo que vejo! Não sei por quê? É confusão, dúvida, esperança e fé. Meus sonhos são rotas de fuga que parecem música e me mantém vivo! A razão não diz nada, minhas idéias e sentimentos, são lugares e imagens de onde passo e não sei como chegar.
Mas agora vejo o encanto de tudo! Não é possível mudar o nosso destino, mas podemos fazer o impossível até ele se manifestar! Trago a vida de fora pra minha morada, meu coração. Junto todas as lembranças, elas formam o valor das imperfeições, da natureza humana, da minha vida e minha história...
Tente compreender!

Poesia - Morro do Bumba

Morro do Bumba

O tempo é de lágrimas.
Tempo de ficar junto,
De viver o passado,
Veja o nosso Mundo!
Tempo das flores,
De bonecas retorcidas,
Casas demolidas!
Paredes órfãs nas encostas,
Sem quadros e armários,
Jardins dos soterrados,
Defuntos entulhados!
Destinos fúnebres,
Extrema unção!
Sete palmos de terra
E muita solidão!
Tempo de chuva!
Anjos dos milagres...
Vidas embalsamadas,
Famílias acabadas.
Tempo de fé das crianças,
Bumba sem boi!
Abraço forte dos filhos que não foram,
Esperança que renasce!
Tempo de ausente encanto.
Paixões engolidas,
Fim de muitas vidas!
Vida de união.
Final da estrada dos sem rumo.
Esta é a chuva de nossos dias!
É a História de nossos amores...

“Homenagem as vítimas da tragédia do Morro do Bumba em Abril de 2010”

Poesia - Basta Solidão

Basta solidão

Não bastam apenas as mãos
Para frutos doces ao alcance
Não bastam apenas as belezas das flores
Sem perfumes a exalar
Não bastam os cantos sabiás
Para melodias solitariamente distantes
Não bastam se quer espantos e confissões
Sem alívio e paz
Não bastam as folhas verdes e as rimas
Para a arte
Não bastam apenas a sensibilidade e o desejo
Sem liberdade
Não bastam o medo impulsivo e a alegria
Para vil história
Não bastam espadas gloriosas de guerreiros e mortes
Sem a conquista da honra
Não bastam o tempo e a lembrança
Para enfim esquecer
Não bastam apenas o amor e abnegações
Sem existir coragem
Não bastam crianças com frio e as maçãs
Para o aconchego
Não bastam meus sentimentos e poesias
Sem...
Não bastam

Poesia - Subverter

Subverter

O medo que alimenta a dor
É o mesmo que fortalece a coragem.
Coragem sem pressa e entusiasmo,
Assim como a necessidade e o prazer,
Um caminho infindável,
Onde nem o tempo poderá envelhecer,
Toda volúpia de um momento raro,
Que um jovem romântico pretende viver,
Na dor de um Amor embalsamado,
Dentro de seu próprio ser,
Momento do conhecimento de sua fraqueza,
Que agora deseja subverter,
Revelando seu medo e anseio,
De amar e sofrer...

Poesia - Solitário solidão


Solitário solidão

Mesmo quando ninguém percebe,
Meu sorriso é fatídico.
Tal como a solidão,
Talvez seja ela tudo que preciso!

Digam suas angústias aos berros surdos!
Solitário eu ando, só e Mente.
Sozinho não!
Vejo o Mundo, vejo tudo, vejo todos...

Perdidos!
Inveja, cobiça e ambição.
Recipiente da Humanidade,
Frente a minha percepção.

Ando só, ausente até do medo!
Dizem que estou louco,
Apenas por amar a solidão,
Quero distância do bicho Homem, civilização.

Poesia - Vago

Vago

Devagar ao vagar vagamos vagos
Sem rios, sem leitos, sem nados
Ausente de Estrelas, cantos e pássaros
Nem o soluço ou pranto causaram estrago
Foi um tormento de saudade e vento
Que os pés descalços, sujos e rachados
Sofreram perdidos na incerteza do caminho
Das mágoas e chagas de sentimentos desprezados

Poesia - Miragem

Miragem

Um dia de soberba
Aparece do nada.
Um sorriso esquisito,
Quase em paz, quase aflito!

Em seu peito flor de Jasmim!
Pele delgada e cheirosa,
Cintura fechada.
Vestido de cetim!

Pobre, desfalecida lançou-se no mundo!
Cuidei! Acolhi, dei dengo!
Esperei a morte...
Morte não chegava.

Palavra da boca não sai!
Olhos com silêncio profundo!
Sentimento sumidouro.
Não há nada, nada não há...

Poesia - Fragmentos de Vida

Fragmentos de vida

Esqueço de coisas que não preciso guardar
Nas lembranças de meu espelho quebrado
Que refletem fragmentos da minha vida
Em histórias lindas enterradas e esquartejadas

Toda tristeza eterna é momentânea e
Estabelecida numa incontinência terminal
Que remete pura angústia determinada
Em frases confusas de rimas pobres e sussurradas

Basta das alegrias em sentimentos falsos
Que Lançamos nos sorrisos amarelados e súbitos
Como frutos despencados no solo frio
Que alimentam insetos humanos e moribundos

Pois sonho com o dia que poderei juntar as minhas partes
Parte de minhas tristezas e saudades além do que resta
Parte de minha alegria agonizante em lágrimas petrificadas
Parte de tudo que deixei ao longo de minha caminhada

Poesia - O que virá

O que virá

O dia começa desabitado,
Desconhecido
Ainda livre da consciência,
Oculto
Pois a liberdade singular é força,
Desequilíbrio
Oprimindo raízes profundas,
Refúgio
Do autoconhecimento e verdade,
Mistério
Todo Amor que ainda não temos,
Amamos...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Poesia - Faces

Esta face tão sincera
Reflete a dor em seu olhar
São ondas de um sentimento
Um pranto a chorar...

Este Rio se fez seco
A tristeza pode descansar
Neste leito de sede
O Amor se fez brotar

No fundo azul deste céu
Brilhava o rosto do precipício
Nem estrelas e nem cometas
Preenchiam este vazio!

Ausente o tempo que corria lento
Pura ânsia de aventurança
Seu amor é meu resgate
Que brilham em nossas faces.

Poesia - Sempre a Esperar




Tanta ternura, tantos desejos,
Tanta espera...
Muitos sossegos e sonhos,
Tudo que posso sonhar!

A vida que de veras eras,
Deixei no chão deste lugar.
O motivo de minha espera,
Dia que não pode voltar.

Se eu não a amasse assim,
Cansar-me-ia de esperar!
Sei que sou um sentimento preso,
Um fado a carregar...

Queria ter-te ao meu lado,
Tenho uma vida a te abraçar!
Mas enquanto sento e te espero,
A tristeza banha o meu olhar.

Minhas mãos amparam o meu rosto...
Pois a espera pelo seu Amor,
Sustentam meu corpo.
Nunca vou deixar de te amar...

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)