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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Poesia - Retrospecvida


Retrospecvida

Que razão possui o amor?
Qual o destino do papel solto na ventania?
O amor é um produto sem data de validade?
Sem garantia?
Qual a relação entre amar e ser feliz?
É bem que me quer ou o mal que me possui?
A única certeza é a incerteza.
O medo de amar manterá você vivo,
Mas o coração estará morto!
O amor é nuvem que se desfaz?
Ou é nuvem cinzenta e carregada
Que se derrama em pranto chuvoso
Para ceder lugar ao céu azul?
O amor é uma constelação!
O amor é o zunido de uma mosca,
O escorrer do orvalho na folha da macieira,
A saudade da conversa,
Da caminhada contra o vento,
É acordar depois de um sonho lindo,
Café da manhã de domingo!
É deixar a emoção sufocar o coração!
Admirar o sal, o Sol, o ar, o mar,
Folha solta a bailar com a brisa,
É chorar de alegria e escrever poesia!
Pode ser boba, pobre, confusa
Mas é amor.
É um emaranhado de confusão
É dúvida, medo, emoção...
Sem falar no tesão!
Nossa!
Ai meu Deus!
Santa filosofia que não explica nada!
O que é o amor?
Será que aprendi?
É sofrer e sorrir.
Ver o outro partir,
Mas ter esperança de saber
Que um dia vai voltar!
É ter força pra seguir...
Não desistir...
O amor é a natureza...
Renova-se a cada dia,
É ter fé!
E quando nascer uma criança...
Ah... O amor!
Deixe-me amar!
Mostre-me o tudo, o nada,
O frio, a dor
O início, mas não o fim.
Mostre-me o calor!
Qual o sabor?
É a água nascente?
O rio corrente,
O mar, o verde, o vermelho?
É o fim do mundo?
É o espaço?
É tudo.
O amor sou eu.
O amor é você.
É o nosso encontro!
E assistir os filhos crescerem,
É ter netos e rugas!
Depois ficar velho...
Parar...
Olhar o tempo e dizer:
(Meu amigo, o Amor é tudo isso)!
Nossa!
Como valeu a pena!

2 comentários:

  1. Linda esta poesia. Sua escrita é de uma sensibilidade encantadora. Seu livro será um sucesso, com certeza. Parabéns

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  2. Obrigado Gisele!
    Um beijo grande...
    E muita Dança!rsrsr

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Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)