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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Poesia - À Recordar


À Recordar

Na noite escura os olhos não vêem
A sua pele que cobre meu corpo,
Uma clausura sutil!
Sinto o toque de seus dedos com
Unhas invisíveis tocarem minha boca,
É só sede e malícia!
Todas as emoções instintivamente sexuais
Afloram as sensações arrebatadoras do desejo,
Um fluente prazer!
Meu medo e anseio são intensos brilhos raros
Que se perdem em lágrimas noturnas de solidão,
Pura carência!
Pois o tempo surpreendente não permite o
Esquecimento da Mulher amada,
Costas nuas e cheirosas, músicas e sensações!
Os cabelos de fios de seda vertiginosos entorpecem
A naturalidade de minha trindade,
Meu sono, sede e fome!
O Amor é conjunto de recordações sem sentido a recordar,
É simples, beleza e leveza da orquestra de emoções e dores...
Que fazem de mim somente vontade de Amar...

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Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)