Quem sou eu

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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poesia - Ao meu Amigo -



Ao meu Amigo

Meu amigo!
Nunca mais serei o mesmo.
Na verdade, não sei o que sou!
Não sou só de uma,
Não sou de nenhuma!
Não sou casto,
Nem pudico,
Não sou mais jovem,
Não sou libertino!
Não sei o que sou,
Não sei o que sou nobre amigo!
Talvez, seja feroz como o surpreendente nascer do dia
Em todas as manhãs,
Ou seja sutil e delicado como um Leão selvagem!
Sou tão carinhoso com as Fêmeas,
Que a volúpia escorre pelos alucinados cantos de suas bocas.
Amigo que vos falo,
Friamente, este, não sou eu, acho que seja apenas a antecedência
Do mistério que seria morrer...
Abandonei a mim mesmo grosseiramente, muitas vezes,
Pedi todo pudor ao amar, agora, amo como se não amasse droga nenhuma!
Meu irmão, não perca a fé!
O meu desespero é um canto de um pássaro engaiolado,
É de tristeza por perder a clausura da liberdade!
Não sei mais ser bom,
Nem miserável!
Mas inevitavelmente, ainda sinto descredulamente, nascer em mim,
A esperança que um dia brilhou em meus castanhos olhos,
O amor é uma tolice!
Um dia vou dizer-te todas as coisas sobre esta vida, mas ainda não!
É cedo para abrir suas janelas, mas não sou louco, o primeiro passo é negar!
Mas volto a dizer, não sou mais eu, não mais...
Não seguirei mais nenhuma Fêmea, nenhuma Mulher, nem casta, nem ávida!
Sutilmente, destratarei todas! De tal forma, que a maciez de minha maldade,
Fará com que todas se lembrem de mim...
Meu amigo, amo-te, como um irmão!
A única coisa que eu sei, é que existe o Amor, o desejo, instinto, tristeza e alegrias...
Mas o que reina mesmo, e destrói, é o sabor da carne.

Julio Maciel – 26/02/13



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Poesia - Quando Fui Lembrança -


Quando Fui Lembrança


Fui tempo,
Quando nada era sincronia,
E saudade
Na ausência da solidão!

Fui lágrimas,
Nos prantos de alegria,
E Esperança
Nos olhos de escuridão!

Fui chegada,
Mesmo antes da partida,
E despedida
Que antecede o aperto de mão!

Fui lembrança,
Da memória esquecida,
E Estrada
Do ceticismo à criação.

Julio Maciel

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

- Poesia Sua Flor -


Sua Flor

E lá, no alto, vejo o amanhã!
Correndo livre e leve,
Por entre os campos de primavera...
Penso em ti quando em silêncio
Ouço o choro dos ventos!
Dentro de mim, planto flores e jasmim,
Na saudade, colherei uma a uma!
E nos vagos sentimentos
De ligeira tristeza, cantarei seu nome,
Assim sentirei o cheiro do perfume,
Da sua flor, que trago em mim...

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)