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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Poesia - Divina e Tentadora



Divina e Tentadora

Não havia pecado em nosso sussurro...
O pudor era terra distante aos pés descalços,
E os mistérios revelados pelo calor das chamas
De nossas peles incineradas era tudo que nos atirava
Fortemente a cada curva de nossos corpos quentes e sedentos,
Que revelavam intensos segredos capazes de acelerar
O coração e excitar o desejo puramente ansioso e casto,
Como de um jovem a começar a descobrir os prazeres libertinos!

Não havia tempo, as tardes longas e as noites coloridas
Perdiam-se no leito dessa correnteza perigosa,
Fazendo todo início reiniciar a cada término sufocante e alucinador...
Aquela pele macia, melada e suada...
Salgava minha boca e estremecia minhas pernas!
Meu corpo em espasmos contorcia-se sequencialmente...
Minhas vistas turvas e ardidas pelo suor que banhava minha carne
Nada mais viam a não ser o corpo nu da Mulher divina e tentadora!

Não existia mais jeito para controlar o pecado...
E sucumbi perante a carne!

Julio Maciel

domingo, 24 de abril de 2011

Poesia - Espinho que perfura carne



Poesia - Espinho que perfura a carne

Tento fugir desse tormento a cada instante,
Sinto que não posso mais disfarçar!
Sempre que vejo o encanto desse sorriso
Fecho meus olhos e volto para dentro de mim,

Onde só existe conflito, fé e desesperança!
A imensidão deste medo revela uma flor única,
Cravada em um sentimento profundo e desabitado.
Ao fugir do inevitável entrego-me ainda mais a dor,

Que tine como um sino dentro do meu peito solitário,
E indecente que tenta em vão esconder a verdade!
O Amor em clausura é espinho que perfura a carne
Daqueles que como eu crêem que amar é sofrer!

Mas o risco temente que contempla a solidão
Não vai fazer esquecer o melhor da verdade,
De que o Amor faz de mim fazedor minha história,
E não haverá falha, nem perfeição, simplesmente Amor!



Julio Maciel

terça-feira, 12 de abril de 2011

Poesia - Costas Nuas



Poesia - Costas nuas

Vejo unhas coloridas acariciarem lisos cabelos suicidas!
Percebi onde eles se jogavam...
Eu também me jogaria.
Minha visão, hora entorpecida e invisível,
Hora fixamente penetrante,
Agarrava esta superfície de seda!
Costas decotadas, cheirosas e seminuas...
Provocam a ereção de meus pelos!
Toda leveza permanente de seu encanto
Revelam safadinhas marcas de biquíni,
Induzindo uma sede que escorria como sêmen,
Sufocada pelo desejo e insensatez...
Ainda não pude tocá-la,
Pois a fluidez de meu instinto condenava-me.
Aprendi a desviar o olhar e disfarçar o sentimento!

(Julio Maciel)

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)