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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

sábado, 6 de novembro de 2010

Poesia - Morro do Bumba

Morro do Bumba

O tempo é de lágrimas.
Tempo de ficar junto,
De viver o passado,
Veja o nosso Mundo!
Tempo das flores,
De bonecas retorcidas,
Casas demolidas!
Paredes órfãs nas encostas,
Sem quadros e armários,
Jardins dos soterrados,
Defuntos entulhados!
Destinos fúnebres,
Extrema unção!
Sete palmos de terra
E muita solidão!
Tempo de chuva!
Anjos dos milagres...
Vidas embalsamadas,
Famílias acabadas.
Tempo de fé das crianças,
Bumba sem boi!
Abraço forte dos filhos que não foram,
Esperança que renasce!
Tempo de ausente encanto.
Paixões engolidas,
Fim de muitas vidas!
Vida de união.
Final da estrada dos sem rumo.
Esta é a chuva de nossos dias!
É a História de nossos amores...

“Homenagem as vítimas da tragédia do Morro do Bumba em Abril de 2010”

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Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)