Quem sou eu

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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

sábado, 26 de outubro de 2013

Poesia - Sinto Sua Falta -


Sinto Sua Falta

Hoje senti a sua falta!
Foi como uma manhã em que não acordei.
Sem saber onde estava, tentei imaginar,
Como seria seu próximo sorriso?
Se ainda seria tímido e acanhado,
Meio em perfil suave quase escondido,
Por cabelos corajosos que insistiam em proteger seu rosto!
Aquela doçura embalava meus desejos e pensamentos perdidos,
Em um frenesi avassalador que me matava pouco a pouco!
Imaginei se ainda passaria por aqui sempre aos fins de tarde,
Primaverando meu solitário outono!
E se ainda fugiria do sereno ao anoitecer se estivesse comigo?
Sinto sua falta quando ouço os cantos dos pássaros peregrinos,
E quando a Lua cheia é encoberta pelas nuvens tristes e cinzentas!
Sofro tão fortemente...
Como se um dia você estivesse estado por alguns breves e loucos momentos,
Perdida em meus braços!

Julio Maciel

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Poesia - Fortaleza de Solidão -


Fortaleza de Solidão

Quando a solidão agressiva
Tenta me torturar,
Com seus gritos soltos nos ares
Da surdina de minha consciência,
Ainda desconhecida e oculta,
Eu a felicito! E sorriu...
Porque ai de mim se não fosse,
A amada solidão!
Vivo da descompanhia
De quem me acompanha.
E compartilho,
Os berros loucos do meu silêncio!
Para semear a melancolia que existe
Em cada sorriso efêmero e fugaz,
Trazidos nos semblantes daqueles
Que riem por fora e choram rios inteiros
Por dentro...
E assim, sou quase invulnerável!
Um “quase”, assustador.
Pois só existe um momento em que me desespero:
Quando a saudade impiedosa...
Destrói a fortaleza de minha solidão!
Para enfim, estar vulnerável,
As fraquezas das bestialidades humanas...


Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)