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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

domingo, 15 de setembro de 2013

Poesia - Tornar-se -


Tornar-se

Foi no começo de um sentimento tímido,
Que aquele beijo quase inocente arrancou
De mim, um desejo perdido e modificado
Pela ânsia de minha masculinidade reservada
Ao inesperado que por toda vida, desejamos.

Aprendi a amar antes de conhecer a dor desse fado.
Foi um grave erro!

Será que é Amor, já que o sofrimento não corta a carne
Do meu peito aberto e livre?
Creio que a beleza de não ser declarado um dia irá doer...

E meus olhos se perderão em muitos olhares...
Meus lábios e saliva, gosto e mãos, além do medo e malícia,
Poderão se perder entre os juízos e sentidos guardados em mim!

Queria dizer não!
Mas amar era o que me faltava, para em fim,
Ser um Homem completo!

E a Mulher...
Era deserto e multidão sem tempo!
Foi preciso errar, perder...
Toda aquela intensidade de uma linda e despretensiosa
Sensação de Amor, para aprender de vez, e não esquecer...
A dor que é amar!


Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)