Quem sou eu

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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

domingo, 2 de agosto de 2015

Poesia - Resplandecer -


Resplandecer

Enquanto brilhar no céu
Das Íris dos seus olhos,
A chama refletida do meu sentimento,
E a alegria contagiante
Que existe em você,
Não faltará amor para nós!
E a esperança que sustenta
A vitória do nosso futuro,
Frente as dificuldades da vida,
E os caminhos incertos que nos une,
Resplandecerá...

Julio Maciel

Poesia - Quantas Vidas -


Quantas Vidas


Um dia me surpreendi com o Amor...
Passei a conhecer novas emoções,
Nem sempre tão boas,
Despertei em mim novos sentimentos,
E também não foram bons!
Percebi,
Que mesmo já tendo vivido outras vidas,
Ainda descubro coisas novas guardadas em mim!
Já morri muitas vezes,
E insisto em ressurgir na explosão de um novo sofrimento!
Quantas vidas ainda me restam?

Julio Maciel

domingo, 31 de maio de 2015

Poesia - O Céu na Cara -


O Céu na Cara

Caminhei na chuva fria que caia ao fim de tarde,
O vento que soprava sem direção, fez de mim recluso,
Mesmo com toda liberdade em minha volta!

Não me atrevi a falar para não cometer mais erros,
Enquanto a dor esquentava meu corpo diante do medo solitário
Do amanhã, que me reserva apenas o direito de uma última oração.

Sei que vou morrer em meu exílio sem sentença e milagre!
Escolhi vagar no dilúvio sem pretensão, amar é chover demais...
Mas todos preferem ver as Estrelas caírem, riscando o céu em luto,

Pensando ser apenas um espetáculo da Natureza, apesar de perderem o brilho!
Assim é o fim de um Amor, lágrimas cadentes se jogam no infinito da cara.
E as pessoas vivem como mosaicos, juntando suas partes perdidas no tempo...

Julio Maciel

domingo, 29 de março de 2015

Poesia - Fora de Controle -


Fora de Controle

Não consigo mais me conter,
Nem impedir ânsia afoita e animalesca
Da minha intimidade denunciada!
Meu corpo reage em espasmos incontroláveis
E a libido está aflorada em minha pele vermelha!
Meus olhos fixos e ardentes como fogo despem
Suas vestes peça por peça ainda sem te tocar...

Lembro loucamente do seu colo rosado,
E do calor que a consumia, sem nenhum pudor!
O cheiro do seu perfume se confundia com a vontade
Sedenta em meus lábios de beijar sua mocidade...
Seus lindos seios de bicos arrepiados e rosa
Pareciam brincar de pular quando estava sobre mim,
E sorriam alegremente como se estivessem muito felizes!

Mas nada foi tão forte, violento, louco e arrebatador,
Como a sua boca formosa, pintada de batom vermelho,
Manchando de paixão todo o prolongamento do meu membro!
Estremeci as pernas, e senti o chão fugindo dos meus pés,
As paredes úmidas não me davam estabilidade nem amparo,
E a sua língua molhada chicoteava meu prazer vencido e sincero,
Totalmente entregue ao jeito que você me olhava de baixo pra cima...


Agora, estou enlouquecendo! Tenho a saudade maior que o tempo e o céu!
E a espera por repetir de forma inédita as mesmas sensações do sexo forte,
Traz a tona o jeito adolescente de ser, com mãos calejadas do prazer imaginado,
E os hormônios poderosos explodindo pouco a pouco em meu peito!
Não vejo a hora de segurar-te pelos cabelos com violência e domínio,
E cravar os dentes em seu pescoço de primavera apertando seus glúteos indefesos,
Transformando a Mulher em Fêmea e o Amor em pecado carnal no paraíso inexplorado...

Julio Maciel

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

- Poesia Alucinação -


Alucinação

As coisas que sinto, vejo e desejo me arremessam ao corpo feminino,
Deixando-me refém de uma volúpia carnal e faminta que se torna animalesca!
O perfume e o calafrio que arrepia a pele nua,
O sopro, o sussurro de carinho, as confissões turbinadas ao pé do ouvido,
O seio, o calor, a sede de prazer, as estrelas e o infinito!
São formas imaculadas de dominarem meu instinto!

O abraço sufocante, a saudade e a intimidade,
Todas as sensações repetidamente inéditas e prazerosas,
O sono de ladinho, interrompido no meio da noite lutuosa,
As descobertas, e as curvas penetrantes do corpo da Mulher...
O medo, o anseio, e o jeito animal de lamber a carne fervente e crua!
Torna real toda a minha alucinação incontrolável de macho.

Como posso?
Sinto e quero esse devaneio!
Esse calor molhado em nossa pele que me faz contorcer,
Angustia minha razão, minha loucura revelada, e o tempo!
Quero mais de mim... Libertar esse ser primitivo,
Sem trato e dominador, que atormenta todas as fêmeas, loucas de sede!

Quero tê-las, e as possuir ferozmente...
Todas as vezes que a vir sorrir, eu quero!
O corpo feminino nu, entregue e resistente, com um jardim na pele,
Revelando violetas de seda em meio as coxas oferecidas,
Para que eu possa beijar sufocantemente,
Seus pequenos lábios genitais molhados de prazer...

Quero ver mais estrelas no céu, enquanto cavalga livremente sobre mim,
Derretendo o próprio medo e tudo que imagina não ser capaz de fazer,
Conhecendo as partes humanas de si mesmas até então obscuras,
Como o prazer libertino guardado em cada um de nós,
Que nos torna pecadores, reféns do sabor pervertido e proibido da carne casta!
Quero a loucura da libido sem pudor e insaciável e revelar às fêmeas que somos todos assim...

Julio Maciel

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Poesia - Estações -


Estações

Para o Poeta
Existem
Cinco estações
Primavera
Verão
Outono
Inverno
E Saudade...

Julio Maciel

Poesia - A Ruiva -


A Ruiva

Deparei-me com ela em noite clara,
Vestida de renda transparente
E com laços mal apertados,
Traziam seios vibrantes e quase revelados!
Pareciam me olhar ardentemente,
Como se eu fosse um jovem sem viço!
Sua beleza ruiva e ainda pura era quase intocada.
Até mesmo a prévia anunciada da escuridão
Noturna e ansiosa não escondiam de mim
Um corpo quase desnudo que não se fazia de rogado,
Devassa!
Meus braços excomungados e incontidos,
Perdiam-se em meus delírios mais puros...
Ela possuía o cheiro da Lua,
E a sua pele brilhava como a paz,
Escondendo curvas perigosas de uma Natureza,
Desconhecida!
A essa altura o calor deixava meu corpo todo ereto,
Pronto para explodir uma chuva de prata!
E ela ali, parada, magra como um instante,
Provando do seu próprio veneno,
A Libido!
Aflorando Lírios indomados entre as coxas cilíndricas...

Julio Maciel

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Poesia - Soneto de Caminhada -


Soneto de Caminhada

Caminhei no infinito da saudade
Em busca do amor a vida e o tempo
Toda lembrança que eu tinha era clara
E a liberdade se confundia com a escuridão

O medo não apresentava cor nem brilho forte
A única razão era a incerteza da sua voz
Dizendo meu nome nas manhãs de frio
Enquanto eu namorava o seu sorriso

Sigo em busca do retorno desses momentos
E um amanhã com novos sentimentos assim
O amor permite novas chances, as emoções se renovam

Tenho sintomas de desejo e a dor do meu adeus é vermelha
Não me libertei pelo receio, mas vi algo mudar em você
Escolhi desistir do sofrimento e cravar meu coração em outro peito.

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)