Quem sou eu

Minha foto
Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

domingo, 31 de maio de 2015

Poesia - O Céu na Cara -


O Céu na Cara

Caminhei na chuva fria que caia ao fim de tarde,
O vento que soprava sem direção, fez de mim recluso,
Mesmo com toda liberdade em minha volta!

Não me atrevi a falar para não cometer mais erros,
Enquanto a dor esquentava meu corpo diante do medo solitário
Do amanhã, que me reserva apenas o direito de uma última oração.

Sei que vou morrer em meu exílio sem sentença e milagre!
Escolhi vagar no dilúvio sem pretensão, amar é chover demais...
Mas todos preferem ver as Estrelas caírem, riscando o céu em luto,

Pensando ser apenas um espetáculo da Natureza, apesar de perderem o brilho!
Assim é o fim de um Amor, lágrimas cadentes se jogam no infinito da cara.
E as pessoas vivem como mosaicos, juntando suas partes perdidas no tempo...

Julio Maciel

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)