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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Poesia - Lembrança Amarelada -


Lembrança Amarelada

Hoje pude desenterrar
Alguns retratos do tempo,
Já sem forma e esperança,
Despertando em mim
A nossa saudade
Da cor do silêncio,
Um grito de nós!
Espelho do tempo,
Que separa o desejo da distância!
Como sombras de solidão
Em noites uivantes,
Que trazemos atrás dos olhos,
Transparentes!
Onde não brotam flores de ninguém,
Apenas o silêncio!
Porque a felicidade
Dura o tempo de um sorriso.

Julio Maciel

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Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)