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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Poesia - Costas Nuas



Poesia - Costas nuas

Vejo unhas coloridas acariciarem lisos cabelos suicidas!
Percebi onde eles se jogavam...
Eu também me jogaria.
Minha visão, hora entorpecida e invisível,
Hora fixamente penetrante,
Agarrava esta superfície de seda!
Costas decotadas, cheirosas e seminuas...
Provocam a ereção de meus pelos!
Toda leveza permanente de seu encanto
Revelam safadinhas marcas de biquíni,
Induzindo uma sede que escorria como sêmen,
Sufocada pelo desejo e insensatez...
Ainda não pude tocá-la,
Pois a fluidez de meu instinto condenava-me.
Aprendi a desviar o olhar e disfarçar o sentimento!

(Julio Maciel)

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Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)