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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Poesia - Cupido Apaixonado -


Cupido Apaixonado

Cheguei tão pertinho
Senti o cheiro da maciez
De sua pele lisa
Pude deslizar livremente
Pelas curvas de seu corpo
Desbravei sua intimidade
Conheci seus segredos
E o gosto das flores
De seus beijos coloridos
Refresquei sua sede
Matei sua saudade
E dormi no colo quente
De seus seios raros
Acalmei minha súplica
E você não percebeu
A força do meu ímpeto
Rezei suas noites de medo
Velei seu sono desprotegido
Amanheci ao seu lado
Em silêncio
E cantei enquanto chorava
Sozinha
Disse tudo ao calor de seus ouvidos
Mas você não viu,
A minha dor...
Ser cupido!

Julio Maciel

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Poesia - Velha Saudade


Velha Saudade


Vesti a saudade ainda amarrotada e sem cor,
Com cheiro de guardado e mofo,
Estava esquecida entre o alívio e a dor
Como se soubesse como voltar no tempo,

Queria desfazer os erros e reconstruir os abraços,
Perdidos na recordação dos sorrisos repletos
Que se quebraram no futuro do Mundo,
Onde o engano confundiu a esperança desprevenida.

A inocência que foi conquistada devagar
Perdeu-se mesmo sem saber para aonde vou,
Quis roubar um Amor cheio de arestas,
Como águas que escorrem nos vidros estilhaçados

Dos olhos que perderam o brilho e a paz!
Sei que no Amor não existem vencedores, todos perdem!
Mas se um dia eu usar meu codinome, não veras o meu rancor.
Pois pertinho de sua orelha, eu começaria tudo de novo.


Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)