Quem sou eu

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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Poesia - Lembrança Amarelada -


Lembrança Amarelada

Hoje pude desenterrar
Alguns retratos do tempo,
Já sem forma e esperança,
Despertando em mim
A nossa saudade
Da cor do silêncio,
Um grito de nós!
Espelho do tempo,
Que separa o desejo da distância!
Como sombras de solidão
Em noites uivantes,
Que trazemos atrás dos olhos,
Transparentes!
Onde não brotam flores de ninguém,
Apenas o silêncio!
Porque a felicidade
Dura o tempo de um sorriso.

Julio Maciel

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poesia - A Fé e o Diabo -


A Fé e o Diabo



Ouço vozes chamarem meu nome num beco escuro,
Olho para todos os lados de onde não vejo nada!
Sinto um arrepio indiscreto sussurrar em meu ouvido
Coisas que o abandono fez de mim por esquecer!

Nada seguiu estampado no meu céu lutuoso e inóspito,
Onde tudo era vertigem e nem a saudade me libertava.
Notei as chamas apagadas da inocência solitária perdida em mim,
Revelando o Mar da escuridão e suas forças do mal tentando-me...

Meu corpo em espasmos incontroláveis anunciava minha fraqueza,
Sentia meus olhos como vidros rachados e trêmulos totalmente descrentes
Na realidade que podiam ver e contestar, diante do Anjo excomungado!
Que expulso dos céus construiu seu Castelo sobre as fraquezas dos Homens!

E tenta em vão se nutrir de mim, do meu medo e de minha fé...
Inabalável até pelas chamas do Príncipe do Inferno, macabro e miserável!
Lembro-me do Senhor meu Deus que dizia que no vale das sombras
Não deverei temer mal algum, e invoco o seu poder para afastar de mim...

O que me afasta de ti meu Pai!

Julio Maciel

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Poesia - Céu da Noite -


Céu da Noite

Meu descompasso na solidão é a certeza
Do caminho desconhecido que o amanhã
Revela-me como um grito sem sentido no tempo
Desperdiçado por uma compaixão ingrata.

Mas meu Bem Querer desejante e prometido
A cada gota salivante que umedece toda face
Suplicante de meus lábios secos e rachados
Revela a ânsia prévia de uma descoberta póstuma!

Um carinho armado e pronto a disparar subitamente
Farpas de beijos selvagens, molhados e penetrantes
Que a inocência abandonou sem pressa ou culpa
A um sentimento aprisionado que nos aquece!

Mesmo que as pequenas brasas desse fogo sejam
Apenas pedaços fagulhantes de chamas voadoras
A rabiscar o nosso céu de noite escura e silenciosa,
Aquecerei o colo frio de seus seios quentes...

Julio Maciel

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Poesia - Aquele seu Beijo Bom


Aquele seu Beijo Bom

A lembrança daquele beijo
passou como um perfume,
A brisa me roubou!

Depois de ver o céu
Mudar de cor no horizonte,
Fechei meus olhos e sorri!

Hoje quando acordei
Tive vontade de dizer,
Que você é o meu Amor

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)