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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Poesia - Em Busca da Inocência -


Em Busca da Inocência


Guardo sem maestria o Amor,
Está à beira de um espaço vazio!
Como um moinho
No centro do nada
Diante das fases da Lua,
Que mudam os ciclos de tudo!

Guardei quando olhei bem pra você!
As Estrelas fugiram de seus olhos.
Onde você perdeu a ilusão
De acreditar no infinito?
E amava o encanto das coisas
Quando soube onde te encontrar...

E hoje a certeza vem rodopiando
Pelos ventos adolescentes...
Acariciam meu rosto,
E antes que eu possa desfrutar
Desse prazer,
Perdem-se entre as flores...

Neste tempo, trago a voz que espero do sol!
Brinco nas areias da praia
Antes de invadir a noite
Com o brilho de meus olhos,
Tentando encontrar a inocência
De voltar a acreditar no Amor...

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)