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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Poesia - Um Erro da Existência Humana -


Um Erro da Existência Humana

Ainda não aprendi com os erros da existência humana!
De repente perdi o chão sob os meus pés,
E caminhei com passos firmes no Horizonte.
Vi o céu desaparecer sobre minha cabeça,
E ainda consegui tocar as Estrelas!
Vaguei perdido, enclausurado, com medo e em paz!
Desejei esse tormento de viver sem identificação,
E perder o equilíbrio para me equilibrar na loucura
De um grande e novo sentimento!
Neste momento percebi que me esqueci de esquecer,
Para enfim, adorar a saudade...
Passei a gostar de roupas usadas e do cheiro de um olhar,
Acreditei que tudo daria certo e que as flores são perfeitas
Condições de fazer sorrir e chorar ao mesmo tempo!
Constatei que um grande erro na existência humana é o Amor.
Pois é como a ausência, cresce na dor da distância e diminui
No drama cotidiano da vida corrida que nos separa!
Mas fica na lembrança e nos faz felizes quando estamos em paz,
Em meio à esplendorosa tristeza que compõe o nada da vida,
Quando estamos sós!

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)