
Poesia - Espinho que perfura a carne
Tento fugir desse tormento a cada instante,
Sinto que não posso mais disfarçar!
Sempre que vejo o encanto desse sorriso
Fecho meus olhos e volto para dentro de mim,
Onde só existe conflito, fé e desesperança!
A imensidão deste medo revela uma flor única,
Cravada em um sentimento profundo e desabitado.
Ao fugir do inevitável entrego-me ainda mais a dor,
Que tine como um sino dentro do meu peito solitário,
E indecente que tenta em vão esconder a verdade!
O Amor em clausura é espinho que perfura a carne
Daqueles que como eu crêem que amar é sofrer!
Mas o risco temente que contempla a solidão
Não vai fazer esquecer o melhor da verdade,
De que o Amor faz de mim fazedor minha história,
E não haverá falha, nem perfeição, simplesmente Amor!
Julio Maciel
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