
Divina e Tentadora
Não havia pecado em nosso sussurro...
O pudor era terra distante aos pés descalços,
E os mistérios revelados pelo calor das chamas
De nossas peles incineradas era tudo que nos atirava
Fortemente a cada curva de nossos corpos quentes e sedentos,
Que revelavam intensos segredos capazes de acelerar
O coração e excitar o desejo puramente ansioso e casto,
Como de um jovem a começar a descobrir os prazeres libertinos!
Não havia tempo, as tardes longas e as noites coloridas
Perdiam-se no leito dessa correnteza perigosa,
Fazendo todo início reiniciar a cada término sufocante e alucinador...
Aquela pele macia, melada e suada...
Salgava minha boca e estremecia minhas pernas!
Meu corpo em espasmos contorcia-se sequencialmente...
Minhas vistas turvas e ardidas pelo suor que banhava minha carne
Nada mais viam a não ser o corpo nu da Mulher divina e tentadora!
Não existia mais jeito para controlar o pecado...
E sucumbi perante a carne!
Julio Maciel
Nenhum comentário:
Postar um comentário