
Poesia - Faces de Águas
Podemos banir desse pranto
O sonho e a ilusão de um pérfido olhar!
E ainda confundir os odres das flores
De minhas feridas e mágoas nada sagradas.
Pois ainda não me farto da tristeza
Que se agita e tenta se nutrir de mim!
Mesmo inerte e alheio a volúpia ardente
Da esperança largada em cada lágrima.
Que como um caminho traçado revela
O espelho da beleza de minhas úmidas faces!
Buscando em vão varrer deste semblante
A embriagues ludibriante causada pela solidão.
Todo meu ser se derrama na morbidez sombria
Do descaso, do frio e da dor da doçura efêmera.
Escondida atrás do olhar humano de denunciado sofrimento!
São os olhos das nascentes águas...
(Julio Maciel)
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