Quem sou eu

Minha foto
Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Poesia - Em Busca do Horizonte -


Em Busca do Horizonte

Sei que precisou de mim
Quando não percebi sua dor,
Sei que estive ausente enquanto
Chorava em noites de insônia!
E que nunca notei seu sentimento,
Mistério ingênuo e revelado...

Eram tantas noites claras
E serenatas de solidão,
Que no fogo bebi seu reinado!
Com gosto de hortelã e maçã mordida,
Enfeitiçada e sem razão de ser!
Até límpidos olhos azuis não pude sentir.

Encantei-me foi pela dor de seu sofrer,
Por saber que quando me amava
Eu jamais poderia mesmo se soubesse!
Admira-me a imperfeição do Amor,
A certeza que a dor nasce para poesia
Sem trazer alívio, nem paz, apenas registro!

Eu amava como pássaro em busca do horizonte,
Sabendo que morreria sem jamais encontrar...
Amava mais a fuga que a exatidão
Da incerteza de seu amor jamais acabar!
E a marca que esta história nos deixa
É a magia do dia que atravessa nossos medos e fantasias!

E quando eu for embora você ainda cantará
O fato que perdemos a porta de nossos sonhos!
Olhe no fundo de seus olhos até me perder de vista
E não me culpe, o Amor lastima a si mesmo!
E não doerá para sempre, acaba antes do fim dos dias!
Mas não acredite em tudo, o bom é ser feliz agora...

O tempo passará e o futuro adora esperar por você!
Sua dor e sofrimento encontrará o repouso,
Entre a descoberta de um novo Amor e a música da saudade!
Eu seguirei rumo ao horizonte com as mãos apertadas
Buscando o conforto que possa ter para acalentar a escolha
De viver perigosamente a vida em busca do meu lugar...

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)