Quem sou eu

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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Poesia - Seu Olhar -


Seu Olhar


Quando vejo seu rosto
Cheio de mistério e mudo,
Em mundo particular e aflito,
Penso na pureza da intimidade
De seus pensamentos livres.

Tento ensinar coisas fora
Do meu domínio
Como se fosse melhor
Uma possível transformação,
Mas eu te amo, mesmo assim!

Talvez seja este o fator
Do seu encanto displicente,
Um segredo sem compromisso
De sua sentimentalidade inata,
Eu aceito, aceito você pra mim!

Lembro-me de ter pensado,
Uma chance para dizer...
As conversas que tive comigo
Falavam apenas coisas a seu respeito,
E você, só olhava para as estrelas...

Julio Maciel

Poeisa - Chuva por Trás da Vidraça -


Chuva por Trás da Vidraça


Pude sorrir enquanto a chuva lambia meu rosto,
Caminhei sob este manto sagrado perdido em gotas
Que escorriam pelo meu corpo livremente uma após outra!

Logo a água fria tomava meu pranto quente e descontinuado,
Enquanto o desejo florescia como a primavera em tardes de sol,
Os brilhos dos meus olhos traziam sua imagem por trás de vidraças embaçadas,

Revelando apenas o contorno de um corpo escultural, frágil e delicado!
Senti meus pés afogados e livres prontos a caminhar em sua direção,
Para fazer valer a alegria de toda gotinha que se joga em busca de minha intimidade!

Entrarei pelas portas abertas de seus seios rosa e libidinosos,
E direi que a ânsia da minha volúpia é maior que o prazer ansioso e aguardado,
Ganharei a pureza em meus braços para por fim em sua espera, e beber o sexo em seu corpo.

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)