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Um Poeta amador, puro e simplesmente. Ainda vivo essa transitoriedade, Onde o acaso ocasional é casual! Uma saciedade desprovida de alívio, Pois o necessário é pura ilusão. Assim como o mero ávido e vazio, Despretensioso de uma concepção única. Vivido no princípio de uma tristeza alheia, Uma energia sem força e direção! (Julio Maciel)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Poesia - Tarde Cinza -


Tarde Cinza


Uma tarde qualquer acabou de cair...
Longe dos campos floridos,
Antes dos sonhos noturnos,
Poucos tempos vividos,
Ainda perdidos no mundo!

Uma tarde qualquer acabou de cair...
Sem males e vícios sempre confusos,
Vivendo um ócio do desgosto profundo,
Andando ao meu lado distante de tudo,
A solidão de múltiplos cantos mudos!

Uma tarde qualquer acabou de cair...
Ausentes das árvores e do som do mar,
Onde nenhum pássaro se põe a cantar,
Alegrando a noite sossegada a chegar,
Com a loucura que segue o Amor encontrar!

Uma tarde qualquer acabou de cair...
Precipitando o bem, que já sei, não existe,
Fazendo de mim, alguém ainda mais triste,
Distante a presença do sentimento sem limite,
Das rosas que choram e morrem infelizes!

Uma tarde qualquer acabou de cair...

Julio Maciel

Poesia -- Plantação de Indigentes --

Poesia -- Plantação de Indigentes --
Poesia -- Plantação de Indigentes -- Hoje o despertar cinza do Sol Revelou quase sem força Frente a meus olhos vermelhos Uma voz de vidro inconsciente e crua De uma lembrança de vida sem recordações Pintando Estrelas órfãs e decapitadas Pelo tempo livremente invisível Mas cheio de odores saculejantes A nossa hipocrisia de belas feições! Dizendo que nos dias simples Nossas orações descredulas e confusas Desfazem-se a primeira esquina libertina Revelando realidade indiscreta, sem força e direção, Regurgitando em nossas janelas quebradas, Pedras coloridas atiradas pela suplica da Esperança, Que agoniza sobre o solo quente e fértil Antes da anunciação da chuva que devasta Toda uma plantação de indigentes em comunhão! (Julio Maciel)